sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Tinker, Tailor, Soldier, Spy

A última Matrioska, sem rosto, na abertura da série de 1979, referência à frase de Churchill de que a Rússia era uma charada, embrulhada em um mistério, dentro de um enigma.
Não só de um filme vive o romance de John le Careé. Antes do filme de 2011 baseado no livro, tivemos uma série em 1979 com sete episódios, disponíveis no PBT. A BBC Radio por exemplo, dramatizou a série em três episódios, que podem ser  compradas na amazon em k7 audiobook, no AudioGo em arquivo digital, mas que não encontrei de graça na já famosa in-ter-net.
Termino linkando uma entrevista com o autor, falando sobre seu último livro Our kind of traitor, uma história sobre as Oligarquias Russas e sua infiltração no capitalismo mundial.

Gost writer acadêmico


Para os preguiçosos, os ocupados, os incompetentes ou para os afortunados que não vem problema nisso. Quando precisam de uma monografia em tempo recorde é ele que chamam que, pelo preço a ser pago, financeiro ou ético, fará uma monografia sobre qualquer área, qualquer tamanho, qualquer prazo. A Chronic of Higher Education conta sua história.

domingo, 26 de agosto de 2012

Uma revolução

Sempre me intrigou muito o fato de uma revolução ter sentidos diferentes na física e na sociologia. Na primeira denota uma volta completa sobre um eixo fixo, um turno completo sobre a mesma base, a saída e volta ao ponto inicial, na ciência que busca entender e explicar a sociedade, é uma mudança completa, o que faz muita gente errar na definição de quantos graus são necessários para uma mudança (ou revolução) completa.
No novo filme de Fernando Meirelles, o 360 (uma volta completa se a unidade for graus) se refere à diversas coisas. O mais óbvio é a circularidade do filme, que começa como termina e, sem querer spoilar, fecha o ciclo no final, remetendo ao começo. Locações na Aústria, no Brasil e no Reino Unido também transformam-se em Paris, Londres, veneza, Bratislava, Denver, Phoenix e Veneza. O filme também passa por diversas situações, que se intercalam numa tentativa, fracassada na minha opinião, de mostrar a naturalidade com que as histórias das pessoas se cruzam no mundo de hoje, além da diversidade de nacionalidades e gerações.
Hopkins livre para improvisar, contando uma história em uma reunião do AA que não parece fazer muito sentido na história, como a cena introdutória do Serious Man, dos Cohen.
Um filme bom, mas longe do que Meirelles já mostrou saber fazer. Faltou mais concatenação, profundidade dos personagens principais (a de Maria Flor, de Hopkins e a de Weisz) e uma câmera um pouco mais presente. Pontos para a trilha sonora.