quarta-feira, 28 de março de 2012

Cindy Sherman

Imagina tua vontade de tirar um retrato seu nos anos oitenta custarem quase quatro milhões em valores atuais? Foi o que aconteceu com a Cindy Sherman, uma dessas fotógrafas que tem fotos maravilhosas que vão parar nas paredes dos mais afortunados do mundo. O leilão na Christie's, famosa casa de leilão inglesa, estimava a foto entre um e dois milhões, o que não foi só um record para a fotógrafa, mas também "o maior preço já alcançado por uma fotografia" disse Daniel Kunitz, editor chefe da Pintores Modernos.

domingo, 25 de março de 2012

Ingresso Caro

O programa Dispatches do Channel 4 levou ao ar, no dia 23 de fevereiro de 2012, o  episódio entitulado O Grande Escândalo dos Ingressos (primeira parte e seguintes no YouTube, aqui) que trata da viagogo, uma empresa de compra e venda de ingressos para show.
O episódio afirmava que viagogo estaria recebendo ingressos adiantados para certos eventos dos organizadores, que teriam concordado em que a empresa vendesse com preços superinflacionados, recebendo 10% do lucro (o resto iria para o promotor); que a viagogo estava obtendo ingressos para outros eventos usando um grande número de cartões de crédito corporativos no instante em que abriam-se as vendas gerais, e imediatamente apresentado-as para revenda com os preços inflacionados; apesar de dizer que a maioria dos ingressos sendo vendidos eram de fãs que não mais precisavam deles, viagogo trabalhava com brokers ou cambistas que asseguravam um grande número de ingressos.
No início de 2011, viagogo vendeu ingressos personalizados para a banda Take That para os alemães. Diversas pessoas não puderam entrar nos shows de Hamburgo e Monique, e a corte alemã baniu a viagogo do país, por ela ter afirmado que os ingressos eram 100% garantidos.
Em 2011, uma batalha legal entre a União de rugby e a viagogo sobre os ingressos que haviam sido explicitamente proibidos de serem revendidos. Viagogo perdeu na primeira instância e na apelação nas cortes baixas em dezembro do mesmo ano, o que resultou no Norwich Pharmacal Order, mas que ficara suspensa pela  Supreme Court, que ouvirá o último recurso ainda em 2012. Perder o último recurso forçará a empresa a revelar o nome e endereço daqueles ingressos postos a venda no site para o Investec Internationals de 2010 e pelo 2011 Six Nations Championship. A empresa trabalha no Brasil vendendo ingressos desde o ano passado, pelo menos, e deve se utilizar das mesmas práticas por aqui.

domingo, 18 de março de 2012

Gun shot wit' it

Hodgy Beats lançou Untitled, um EP com nove faixas, o primeiro depois do sua mixtape de estreia The Dena Tape. Nascido em New Jersey, morador de Pasadena, California, Hodgy faz parte do coletivo Odd Future e tem a temática parecida com os outros trabalhos do OFWGKTA: drogas, bebidas, mulheres e loucura. Com produções de Juicy J, The Alchemist e Flying Lotus, entre outros, o EP tem pouco menos de vinte e cinco minutos e traz influências do R&B setentista, como na nona e última faixa do EP, Higashi Loves You, que usa a base de Somebody [Loves You] do Plies, que por sua vez sampleia Somebody Loves You Baby, da Patti LaBelle.

Outra faixa que me chama muita atenção pela sua base é a Samurai, que tem elementos dos efeitos sonoros dos videogames 8-bits. Bullshittin' tem um sample lindo do Bobby Womack, And I Love Her, que por sua vez é um cover de Beatles, Lately é um diss e If Heaven is a Ghetto é uma sincera homenagem para I Wonder If Heaven Got A Ghetto da aberta influência que 2pac tem em toda a geração que o procede.

O EP tem sido uma surpresa de 2012, tendo em vista que assisti diversas entrevistas do Tyler e sempre via o Hodgy Beats como um beatmaker, por causa de seu vulgo. Surpresa boa, espero que ouçam e entendam a proposta do cara. E que tenham gostado da minha análise.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Depois da queda: A economia dos Iphones destruídos


Por Rohin Dhar
Mar 8 2012, 1:50 PM ET
O custo de derrubar os preciosos produtos Apple.

"Senti meu iphone escorregar dos meus dedos – segurado por um momento pela ponta do meu fone de ouvido, como estalou com em um bungee jump – e depois eu dolorosamente assisti a espiral de aniquilação que se seguiu.O painel de vidro quebrou, assim como meu coração." - Ryan Salerno, Gizmodo

 
Dentre os medos existenciais de viver no mundo moderno, o medo de quebrar seu próprio telefone deve ser um dos mais comuns. Sabemos que a qualquer momento, esses maravilhosos aparelhos que carregamos em nossos bolsos podem cometer seppuku. O celular (e dentro desse termo, os smartphones) caminha na linha tênue entre máquina e lixo. Um escorrego ao atender o telefone, um copo de água com más intenções, uma ida falsa ao bolso, e o celular não o é mais.
Nosso medo nos leva a tomar precauções insanas para proteger nossos aparelhos,  pegando as maravilhas do design industrial e mutilando-os com capas de borracha e películas contra poeira. Mas o medo permanece. E se quebrarmos nossos celulares no mesmo dia que o compramos? Isso pode ser pior.
 
No Priceonomics, estamos aqui para ajudar. Vamos confrontar o medo de quebrar nossos celulares e descobrir o valor real do aparelho quebrado. Realmente é o fim do mundo se você derruba seu aparelho e ele quebra? Quanto isso custa para você? Vale realmente a pena a humilhação de vestir seu aparelho com uma proteção de borracha como um cachorro que usa à contra gosto uma capa de chuva?




 
Atente-se aos aparelhos “decentes”
Analisamos nosso banco de dados de 5 milhões de celulares usados para descobrir porque alguns tem seu preço alto e outros baixo. Para ser mais específico, examinamos as palavras que são usadas nos títulos para ver quais são associadas com preços mais altos e preços mais baixos. Por exemplo, um anúncio de um HTC EVO 4G com a palavra “quebrado” tem seu preço reduzido à 50% do preço do valor médio de um HTC EVO 4G normal; enquanto que um com a palavra “desbloqueado” tem um valor 15% maior que a média para o mesmo aparelho.
            Encontramos lá as cinco principais categorias de palavras que as pessoas usam para descrever os celulares que vendem: 1)Sinais que o produto é novo; 2)Novidades; 3)Rede; 4)Frases inócuas de marketing como “esse celular é excelente!”; 5)Confissões de eventos cataclísmicos como dano por água.



 
Basicamente, os novos celulares estão com preços 15% mais do que comparáveis ​​aos utilizados, características assunto, a rede não faz diferenças, dizendo que seu telefone é excelente não tem sentido, mas por favor não deixe seu telefone cair no vaso sanitário!
Vamos um pouco mais à fundo para descobrir quais palavras/atributos específicos e ver como isso afeta o valor dos aparelhos celulares.

Altos preços são frequentemente acompanhados por palavra que sinalizam que o produto é novo. Celular desbloqueado, Jailbreak e branco são associados com preços elevados. Rede não afeta o preço, exceto pelo every-spotty da AT&T e isso não é estatisticamente significante, sendo mostrado apenas por despeito.
Celulares descritos como conservados são vendidos por 23% a menos do preço médio. Quem descreveria algo como conservado e estabeleceria um preço menor que o de mercado a não ser que algo de estranho esteja acontecendo? Outras palavras como excelente, bom, imaculado também são gasto de espaço. Finalmente, rachar o seu celular é ruim, quebrar a tela é pior, mas dano por água é péssimo.
A Economia das telas quebradas
Quebrar sua tela é ruim, mas quanto ruim é? Seguiremos tentando descobrir quanto do valor de revenda do seu celular é destruído quando sua tela é rachada. Olhamos o preço médio dos celulares rachados à venda e comparamos com celulares normais para calcular a queda no valor de venda associado com a quebra.


  
Na media, quebrar seu cellular destroy também 30%-50% do valor instantaneamente. Qubrar seu novíssimo  iPhone 4s destroy US$150 de seu valor. De um lado, isso é uma coisa chata. Do outro, ainda vale consideráveis 73% do valor anterior.
Somente para ser mórbido, vamos olhar o valor econômico de destruir algo também muito querido – seu recém nascido. Brincadeira, seu iPad ou seu Kindle.

 
Cidades mais desastradas dos EUA
Priceonomics se reservou ao direito de fazer análises bobas para atender à nossa própria necessidade de entreterimento. Essa é uma delas.
Descobrimos quais as cidades nos EUA que tem o maior número de celulares quebrados postos à venda (em % de todos os telefones oferecidos) para determiner qual é o povo mais desastrado.

Conclusão

Merdas acontecem. Até se o seu novíssimo iPhone é quebrado ele mantém 72% de seu valor. Bom, você pode derrubar ele na privada e ainda valerá uma grana boa. Não precisamos viver no medo e cercar seu celular de medidas protetivas. Existe um ecossistema inteiro que pegará celulares quebrados e consertaram eles de novo, por isso o preço de celulares quebrados não são tão baixos. Você não anda com um capacete na cabeça quando sai na rua e ela é bem valiosa. Se o seu celular quebra, você o arruma. Tudo ficará bem.

Esse artigo foi publicado originariamente no
Priceonomics e traduzido por Yuri Klink

Imagens: Patrick Hoesly/Flickr