quinta-feira, 15 de março de 2012

Depois da queda: A economia dos Iphones destruídos


Por Rohin Dhar
Mar 8 2012, 1:50 PM ET
O custo de derrubar os preciosos produtos Apple.

"Senti meu iphone escorregar dos meus dedos – segurado por um momento pela ponta do meu fone de ouvido, como estalou com em um bungee jump – e depois eu dolorosamente assisti a espiral de aniquilação que se seguiu.O painel de vidro quebrou, assim como meu coração." - Ryan Salerno, Gizmodo

 
Dentre os medos existenciais de viver no mundo moderno, o medo de quebrar seu próprio telefone deve ser um dos mais comuns. Sabemos que a qualquer momento, esses maravilhosos aparelhos que carregamos em nossos bolsos podem cometer seppuku. O celular (e dentro desse termo, os smartphones) caminha na linha tênue entre máquina e lixo. Um escorrego ao atender o telefone, um copo de água com más intenções, uma ida falsa ao bolso, e o celular não o é mais.
Nosso medo nos leva a tomar precauções insanas para proteger nossos aparelhos,  pegando as maravilhas do design industrial e mutilando-os com capas de borracha e películas contra poeira. Mas o medo permanece. E se quebrarmos nossos celulares no mesmo dia que o compramos? Isso pode ser pior.
 
No Priceonomics, estamos aqui para ajudar. Vamos confrontar o medo de quebrar nossos celulares e descobrir o valor real do aparelho quebrado. Realmente é o fim do mundo se você derruba seu aparelho e ele quebra? Quanto isso custa para você? Vale realmente a pena a humilhação de vestir seu aparelho com uma proteção de borracha como um cachorro que usa à contra gosto uma capa de chuva?




 
Atente-se aos aparelhos “decentes”
Analisamos nosso banco de dados de 5 milhões de celulares usados para descobrir porque alguns tem seu preço alto e outros baixo. Para ser mais específico, examinamos as palavras que são usadas nos títulos para ver quais são associadas com preços mais altos e preços mais baixos. Por exemplo, um anúncio de um HTC EVO 4G com a palavra “quebrado” tem seu preço reduzido à 50% do preço do valor médio de um HTC EVO 4G normal; enquanto que um com a palavra “desbloqueado” tem um valor 15% maior que a média para o mesmo aparelho.
            Encontramos lá as cinco principais categorias de palavras que as pessoas usam para descrever os celulares que vendem: 1)Sinais que o produto é novo; 2)Novidades; 3)Rede; 4)Frases inócuas de marketing como “esse celular é excelente!”; 5)Confissões de eventos cataclísmicos como dano por água.



 
Basicamente, os novos celulares estão com preços 15% mais do que comparáveis ​​aos utilizados, características assunto, a rede não faz diferenças, dizendo que seu telefone é excelente não tem sentido, mas por favor não deixe seu telefone cair no vaso sanitário!
Vamos um pouco mais à fundo para descobrir quais palavras/atributos específicos e ver como isso afeta o valor dos aparelhos celulares.

Altos preços são frequentemente acompanhados por palavra que sinalizam que o produto é novo. Celular desbloqueado, Jailbreak e branco são associados com preços elevados. Rede não afeta o preço, exceto pelo every-spotty da AT&T e isso não é estatisticamente significante, sendo mostrado apenas por despeito.
Celulares descritos como conservados são vendidos por 23% a menos do preço médio. Quem descreveria algo como conservado e estabeleceria um preço menor que o de mercado a não ser que algo de estranho esteja acontecendo? Outras palavras como excelente, bom, imaculado também são gasto de espaço. Finalmente, rachar o seu celular é ruim, quebrar a tela é pior, mas dano por água é péssimo.
A Economia das telas quebradas
Quebrar sua tela é ruim, mas quanto ruim é? Seguiremos tentando descobrir quanto do valor de revenda do seu celular é destruído quando sua tela é rachada. Olhamos o preço médio dos celulares rachados à venda e comparamos com celulares normais para calcular a queda no valor de venda associado com a quebra.


  
Na media, quebrar seu cellular destroy também 30%-50% do valor instantaneamente. Qubrar seu novíssimo  iPhone 4s destroy US$150 de seu valor. De um lado, isso é uma coisa chata. Do outro, ainda vale consideráveis 73% do valor anterior.
Somente para ser mórbido, vamos olhar o valor econômico de destruir algo também muito querido – seu recém nascido. Brincadeira, seu iPad ou seu Kindle.

 
Cidades mais desastradas dos EUA
Priceonomics se reservou ao direito de fazer análises bobas para atender à nossa própria necessidade de entreterimento. Essa é uma delas.
Descobrimos quais as cidades nos EUA que tem o maior número de celulares quebrados postos à venda (em % de todos os telefones oferecidos) para determiner qual é o povo mais desastrado.

Conclusão

Merdas acontecem. Até se o seu novíssimo iPhone é quebrado ele mantém 72% de seu valor. Bom, você pode derrubar ele na privada e ainda valerá uma grana boa. Não precisamos viver no medo e cercar seu celular de medidas protetivas. Existe um ecossistema inteiro que pegará celulares quebrados e consertaram eles de novo, por isso o preço de celulares quebrados não são tão baixos. Você não anda com um capacete na cabeça quando sai na rua e ela é bem valiosa. Se o seu celular quebra, você o arruma. Tudo ficará bem.

Esse artigo foi publicado originariamente no
Priceonomics e traduzido por Yuri Klink

Imagens: Patrick Hoesly/Flickr


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