sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Tarantino & Stern

Quentin Tarantino foi no programa do Howard Stern promover o Django Unchainted, novo filme que compora uma trilogia junto com Inglorious Basterds e outro filme ainda por vir.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Mystery Team

Se o Big Bukowski Lebowski é sobre um cara chapado demais para resolver um crime, Mystery Team é sobre adolescentes virgens saindo do colegial que se acham detetives e tentam resolver uma fita cabulosa assassinato a pedido da filha mais nova do casal morto. Participações especiais de Bobby Moynihan, atualmente no SNL, Ellie Kemper, secretária do The Office norte-americano, e Kevin Brown, o Dot Com do 30 Rock.
Filme com aura infanto juvenil, mas com frontal nudity e n-words.

domingo, 30 de setembro de 2012

Full Screen antes do play

Versão inédita de Kubrick sendo exibida na Inglaterra, a de 142 minutos. Pra quem tiver no bolso, é no Soho.

domingo, 23 de setembro de 2012

L&L

David Lynch é o diretor que recusou dirigir O Retorno de Jedi. Louis C.K. é o comediante que cortou o middle man e fez seu stand-up por streaming a ideia de um milhão de dólares.
SPOILER ALERT.
Na terceira temporada de Louie, Lynch é o treinador de apresentador de night show que o protagonista precisa para superar Jerry Seinfeld e Chris Rock na corrida para substituir David Letterman, que vai se aposentar.
No vídeo, Lynch dá uma palestra sobre consciência, criatividade e cérebro, na universidade de Oregon, em 2005.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Tinker, Tailor, Soldier, Spy

A última Matrioska, sem rosto, na abertura da série de 1979, referência à frase de Churchill de que a Rússia era uma charada, embrulhada em um mistério, dentro de um enigma.
Não só de um filme vive o romance de John le Careé. Antes do filme de 2011 baseado no livro, tivemos uma série em 1979 com sete episódios, disponíveis no PBT. A BBC Radio por exemplo, dramatizou a série em três episódios, que podem ser  compradas na amazon em k7 audiobook, no AudioGo em arquivo digital, mas que não encontrei de graça na já famosa in-ter-net.
Termino linkando uma entrevista com o autor, falando sobre seu último livro Our kind of traitor, uma história sobre as Oligarquias Russas e sua infiltração no capitalismo mundial.

Gost writer acadêmico


Para os preguiçosos, os ocupados, os incompetentes ou para os afortunados que não vem problema nisso. Quando precisam de uma monografia em tempo recorde é ele que chamam que, pelo preço a ser pago, financeiro ou ético, fará uma monografia sobre qualquer área, qualquer tamanho, qualquer prazo. A Chronic of Higher Education conta sua história.

domingo, 26 de agosto de 2012

Uma revolução

Sempre me intrigou muito o fato de uma revolução ter sentidos diferentes na física e na sociologia. Na primeira denota uma volta completa sobre um eixo fixo, um turno completo sobre a mesma base, a saída e volta ao ponto inicial, na ciência que busca entender e explicar a sociedade, é uma mudança completa, o que faz muita gente errar na definição de quantos graus são necessários para uma mudança (ou revolução) completa.
No novo filme de Fernando Meirelles, o 360 (uma volta completa se a unidade for graus) se refere à diversas coisas. O mais óbvio é a circularidade do filme, que começa como termina e, sem querer spoilar, fecha o ciclo no final, remetendo ao começo. Locações na Aústria, no Brasil e no Reino Unido também transformam-se em Paris, Londres, veneza, Bratislava, Denver, Phoenix e Veneza. O filme também passa por diversas situações, que se intercalam numa tentativa, fracassada na minha opinião, de mostrar a naturalidade com que as histórias das pessoas se cruzam no mundo de hoje, além da diversidade de nacionalidades e gerações.
Hopkins livre para improvisar, contando uma história em uma reunião do AA que não parece fazer muito sentido na história, como a cena introdutória do Serious Man, dos Cohen.
Um filme bom, mas longe do que Meirelles já mostrou saber fazer. Faltou mais concatenação, profundidade dos personagens principais (a de Maria Flor, de Hopkins e a de Weisz) e uma câmera um pouco mais presente. Pontos para a trilha sonora.

terça-feira, 31 de julho de 2012

Ambien de cú é rola

Som novo do Amiri, rapper do Butatã que vi mandar uma levada louca um tempo atrás na roda do Santa Cruz, no começo do ano passado, quando dava para colar ainda. Lançou o EP e deixou o link para download por aí.

Amiri - Insônia
Uma referência mais louca que a outra, rimas idem, como
cansei de ver preto cabeludo fi de maloca fazendo tudo por nada em troca, oprimem, desde quando fusca é Lamborghini, abusa até Hayabusa virar motoca
fechando com 
só me resta querer vencer enquanto perco descanso noturno, é o foda não é que eu esqueci de sonhar é que eu nem durmo.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Quem é o mestre que faz com que a grama seja verde?

Dirigido pelo português Edgar Pêra e estrelado por Robert Anton Wilson e João Queiroz.

Power Play


Power Play, filme de 1978, dirigido por Martyn Burker, que também dirigiu Os Piratas de Silicom Valley e a adaptação do romance de Orwell para a TV A Revolução dos Bichos, é um filme baseado no Guia prático do Coup d'État, de Edward Luttwak, onde ele examina alguns golpes de Estado da história recente (o livro foi escrito em 1968).
Um grupo de oficiais militares decide que o melhor a se fazer para o país é derrubar o governo que o controla. Entretanto, o Coronel que lidera o golpe verá que não é tão fácil na prática quanto na teoria, tendo que trabalhar com quem antes chamava de inimigo.
 

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Cecil B. DeMille


A fim de ajudar seus parentes contrabandista, um cigano sensual seduz e corrompe um oficial da Guarda Civil transformando-o em um traidor e assassino. Esse é o enredo do primeiro filme de Cecil B. DeMille que assisti, o grande diretor de cinema e fundador da academia de cinema norte-americana, famoso por Cleopatra, Samson and Delilah, The Ten Cammandments e The Greatest Show on Earth, mas que dirigiu oitenta filmes e produziu oitenta e oito.
Inspirado no romance de Prosper Mérimée, escrita e publicado em 1845, adaptada também em uma ópera, o filme de 1915 tem quase uma hora, custou quase 24.000 dólares e arrecadou pouco mais de seis vezes o valor de custo, só nos EUA.
Ah, o filme é mudo.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Pirâmides

Prometido para dezessete de julho de 2012, aos poucos o primeiro albúm de Frank Ocean, Channel Orange, vai se desenhando. Com Thinkin Bout You sendo lançado em maio e alcançando top#50 nas paradas norte-americanas, e outras faixas sendo confirmadas, o disco vem com cheiro de Grammy e cara de clássico. A última música lançada por Frank Ocean pelo seu tumblr foi Pyramids, que o Itunes denuncia como a nona faixa de dezessete, tem quase dez minutos. Contando com referências de Egito, Aida e Las Vegas, a faixa consegue se construir através dos dez minutos sem parecer forçada e sem dar vontate de mudar antes de seu términio, tendo oitocentos mil plays no soundcloud em pouco menos de duas semanas (O soundcloud permite o download, então imagine o número real).
O teaser lançado no primeiro semestre trazia um pouco de Pyramids, que como quase toda a música de Ocean, conta uma história. (Depois faço um post explicando a história da música).

domingo, 17 de junho de 2012

Consequências

A segunda faixa do primeiro albúm do Consequence, Don't Quit Your Day Job!, produzida em 2007 pelo astro em franca ascenção Kanye West, usa um sample, que se não é, deveria ser conhecido dos brasileiros. Catavento, do albúm Courage, primeira investida de Milton Nascimento no mercado norte-americano.
 

A música também já foi gravada pelo Zimbo Trio, video que segue abaixo.




sábado, 16 de junho de 2012

Ayn Rand: Profeta ou bode espiatório

Jennifer Burns, da Universidade de Columbia, fala sobre como A Revolta de Atlas moldou o nosso entendimento do capitalismo, do mercado e do papel do governo na nossa economia.

domingo, 10 de junho de 2012

Room 237

Sundance, um festival que acompanhei, bem como o de Tribeca, me chamou atenção esse ano por causa do documentário de Rodney Ascher, instrutor de edição da Academia de Filmes de Nova Iorque. O diretor analisa cinco teorias (Bill Blackemore, Geoffrey Cocks, Juli Kearns, John Fell Ryan e Jay Weidnerr, mas nada de Rob Ager) sobre o filme The Shinning, do diretor Stanley Kubrick. Os seis acreditam que a história da família que vai para um hotel para que o patriarca desenvolva um romance em sua máquina de escrever serve de fachada para alguma mensagem que Kubrick tentou deixar postumamente para que seus fãs descobrissem.
Blackemore postula que, devido à quantidade  grande de iconografia que remetem aos nativos norte-americanos no filme, Kubrick expôs o problema indígena do país. Cocks diz que o filme é sobre o holocausto, porque Kubrick sempre quis fazer um filme sobre o tema, mas nunca sobre como se aproximar do tema, tendo como evidência as cenas de violência que Danny presencia no filme, e que não são muito explicadas durante o filme.
Kearns usa o mito grego do Minotauro para explicar porque Kubrick insere um labirinto no filme que não estava no livro de Stephen King, que deu origem ao filme. Ela também afirma que outra pista colocada por Kubrick é adee um poster de publicidade de esqui no filme que lembra o Minotauro, ao mesmo tempo em que o gerente do hotel explica para Jack porque não há uma área de esqui perto do hotel.Outras teorias especulam que o filme foi feito para dizer que nunca houve um pouso tripulado na luca (o padrão do carpete no qual Danny brinca com seu carro tem certa similaridade com o design do pad 39A do lançamento do Apollo 11). Infelizmente ele ignora as teorias, não só do Iluminado, de Rob Ager, que afirma que o filme é uma explicação Kubrickana da mudança do sistema financeiro-monetário internacional para o padrão fiat.


E para fechar o post, uma entrevista com o próprio, feita em 1966 pelo Jeremy Bernstein da New Yorker.



terça-feira, 22 de maio de 2012

Killing Them Soflty

Na produção norte-americana, Brad Pitt interpreta Cogan, um assassino que prefere executar suas vítimas de longe, por detestar a gritaria e os pedidos de clemência das vítimas quando as executa com o cano da arma encostado na pele. Cogan chama seu método de mata-los suavemente (nome do filme e  da canção de sucesso de Roberta Flack e sampleada pelos Fugees).
O romance Cogan’s Trade (A troca de Cogan, em tradução livre) foi atualizado para os anos zero quando adaptado, num cenário economicamente conservador e cheio de desconfiança em relação a posição dos bancos no cenário mundial. Um jogo de poker em que Markie (Ray Liotta) leva a melhor, assina sua sentença de morte, para que os perdedores não percam o respeito da comunidade de ladrões daquela região. Cogan então se vê contratado por Markie para defende-lo, mas conhece o chefe dos dois perdedores do poker, então terceiriza o serviço, contratando seu amigo Mickey (James Gandolfini), que sabe precisar dinheiro, mas desconhecendo o vício dele em bebida e prostitutas.
As cenas em slow-motion dos assassinatos, acompanhadas de música romântica são uma marca forte do filme, que estreio em Cannes e que só tem um teaser (abaixo) na internet e deve estrear no circuito mundial logo após.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Vinda da realeza

Quando surgiu, encarei como resposta natural da indústria musical à morte de Amy Whinehouse. Uma criança em um belo corpo de mulher, uma voz divina de contralto e referências ao mundo gângster. No seu albúm de estreia (na Interscope), seu amado a ama com cada batida de seu coração de cocaína, o par de calças jeans de seu amado e seu dono nunca param em casa e a história de Carmen, 17, fazem do albúm algo para se ouvir quando você é a parte errada da relaçao, quando você é o problema, quando é você que quer guerra no campo de refugiados, quando você quer fugir para o páreo e gastar dinheiro nas corridas.
Em resumo, não é um albúm para qualquer um, ainda mais se você se viu pego nas discussões "produzida pela indústria" ou "dancinha no SNL".
Segue um Mix do RAC pego no urbe.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Não conhecemos nada

Nas partes mais profundas e escuras do oceano existem ecossistemas com uma diversidade maior que a floresta amazônica. O biólogo marinho David Gallo nos guia em uma viagem oceânica - das fendas mais profundas aos destroços do Titanic.

De droga em droga

O som Dramamine do Modest Mouse me fez conhecer a música, o vídeo, o roadtrip album This is a Long Drive to Someone with Nothing to think about e a banda, mas não só isso. Dramamina, conhecida no Brasil como Dramin é um remédio para combater náuseas, apropriado para o início de uma viagem e para ser a primeira faixa de um albúm que propõe uma viagem.

O cd tem dezesseis faixas (dezoito no vini) de puro indie experimental, com alguns momentos de folk, mas que não passam de momentos. Outra faixa do albúm que fica no loop no meu radinho o dia inteiro é Novocain Stain, que me fez pesquisar o que era Novacaína (anestésico local usado por dentista, tanto através de injeção, quanto por via oral gasosa, o que a faz ser conhecida por laughing gas, dado ao esticamento de músculos da face que dão aparência patética à face dos pacientes). O ponto é que ao procurar novocaine no google, me deparei com um vídeo de um velho conhecido.
Mas o video abaixo é da apresentação ao vivo do Frankie no último Coachella.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

quarta-feira, 28 de março de 2012

Cindy Sherman

Imagina tua vontade de tirar um retrato seu nos anos oitenta custarem quase quatro milhões em valores atuais? Foi o que aconteceu com a Cindy Sherman, uma dessas fotógrafas que tem fotos maravilhosas que vão parar nas paredes dos mais afortunados do mundo. O leilão na Christie's, famosa casa de leilão inglesa, estimava a foto entre um e dois milhões, o que não foi só um record para a fotógrafa, mas também "o maior preço já alcançado por uma fotografia" disse Daniel Kunitz, editor chefe da Pintores Modernos.

domingo, 25 de março de 2012

Ingresso Caro

O programa Dispatches do Channel 4 levou ao ar, no dia 23 de fevereiro de 2012, o  episódio entitulado O Grande Escândalo dos Ingressos (primeira parte e seguintes no YouTube, aqui) que trata da viagogo, uma empresa de compra e venda de ingressos para show.
O episódio afirmava que viagogo estaria recebendo ingressos adiantados para certos eventos dos organizadores, que teriam concordado em que a empresa vendesse com preços superinflacionados, recebendo 10% do lucro (o resto iria para o promotor); que a viagogo estava obtendo ingressos para outros eventos usando um grande número de cartões de crédito corporativos no instante em que abriam-se as vendas gerais, e imediatamente apresentado-as para revenda com os preços inflacionados; apesar de dizer que a maioria dos ingressos sendo vendidos eram de fãs que não mais precisavam deles, viagogo trabalhava com brokers ou cambistas que asseguravam um grande número de ingressos.
No início de 2011, viagogo vendeu ingressos personalizados para a banda Take That para os alemães. Diversas pessoas não puderam entrar nos shows de Hamburgo e Monique, e a corte alemã baniu a viagogo do país, por ela ter afirmado que os ingressos eram 100% garantidos.
Em 2011, uma batalha legal entre a União de rugby e a viagogo sobre os ingressos que haviam sido explicitamente proibidos de serem revendidos. Viagogo perdeu na primeira instância e na apelação nas cortes baixas em dezembro do mesmo ano, o que resultou no Norwich Pharmacal Order, mas que ficara suspensa pela  Supreme Court, que ouvirá o último recurso ainda em 2012. Perder o último recurso forçará a empresa a revelar o nome e endereço daqueles ingressos postos a venda no site para o Investec Internationals de 2010 e pelo 2011 Six Nations Championship. A empresa trabalha no Brasil vendendo ingressos desde o ano passado, pelo menos, e deve se utilizar das mesmas práticas por aqui.

domingo, 18 de março de 2012

Gun shot wit' it

Hodgy Beats lançou Untitled, um EP com nove faixas, o primeiro depois do sua mixtape de estreia The Dena Tape. Nascido em New Jersey, morador de Pasadena, California, Hodgy faz parte do coletivo Odd Future e tem a temática parecida com os outros trabalhos do OFWGKTA: drogas, bebidas, mulheres e loucura. Com produções de Juicy J, The Alchemist e Flying Lotus, entre outros, o EP tem pouco menos de vinte e cinco minutos e traz influências do R&B setentista, como na nona e última faixa do EP, Higashi Loves You, que usa a base de Somebody [Loves You] do Plies, que por sua vez sampleia Somebody Loves You Baby, da Patti LaBelle.

Outra faixa que me chama muita atenção pela sua base é a Samurai, que tem elementos dos efeitos sonoros dos videogames 8-bits. Bullshittin' tem um sample lindo do Bobby Womack, And I Love Her, que por sua vez é um cover de Beatles, Lately é um diss e If Heaven is a Ghetto é uma sincera homenagem para I Wonder If Heaven Got A Ghetto da aberta influência que 2pac tem em toda a geração que o procede.

O EP tem sido uma surpresa de 2012, tendo em vista que assisti diversas entrevistas do Tyler e sempre via o Hodgy Beats como um beatmaker, por causa de seu vulgo. Surpresa boa, espero que ouçam e entendam a proposta do cara. E que tenham gostado da minha análise.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Depois da queda: A economia dos Iphones destruídos


Por Rohin Dhar
Mar 8 2012, 1:50 PM ET
O custo de derrubar os preciosos produtos Apple.

"Senti meu iphone escorregar dos meus dedos – segurado por um momento pela ponta do meu fone de ouvido, como estalou com em um bungee jump – e depois eu dolorosamente assisti a espiral de aniquilação que se seguiu.O painel de vidro quebrou, assim como meu coração." - Ryan Salerno, Gizmodo

 
Dentre os medos existenciais de viver no mundo moderno, o medo de quebrar seu próprio telefone deve ser um dos mais comuns. Sabemos que a qualquer momento, esses maravilhosos aparelhos que carregamos em nossos bolsos podem cometer seppuku. O celular (e dentro desse termo, os smartphones) caminha na linha tênue entre máquina e lixo. Um escorrego ao atender o telefone, um copo de água com más intenções, uma ida falsa ao bolso, e o celular não o é mais.
Nosso medo nos leva a tomar precauções insanas para proteger nossos aparelhos,  pegando as maravilhas do design industrial e mutilando-os com capas de borracha e películas contra poeira. Mas o medo permanece. E se quebrarmos nossos celulares no mesmo dia que o compramos? Isso pode ser pior.
 
No Priceonomics, estamos aqui para ajudar. Vamos confrontar o medo de quebrar nossos celulares e descobrir o valor real do aparelho quebrado. Realmente é o fim do mundo se você derruba seu aparelho e ele quebra? Quanto isso custa para você? Vale realmente a pena a humilhação de vestir seu aparelho com uma proteção de borracha como um cachorro que usa à contra gosto uma capa de chuva?




 
Atente-se aos aparelhos “decentes”
Analisamos nosso banco de dados de 5 milhões de celulares usados para descobrir porque alguns tem seu preço alto e outros baixo. Para ser mais específico, examinamos as palavras que são usadas nos títulos para ver quais são associadas com preços mais altos e preços mais baixos. Por exemplo, um anúncio de um HTC EVO 4G com a palavra “quebrado” tem seu preço reduzido à 50% do preço do valor médio de um HTC EVO 4G normal; enquanto que um com a palavra “desbloqueado” tem um valor 15% maior que a média para o mesmo aparelho.
            Encontramos lá as cinco principais categorias de palavras que as pessoas usam para descrever os celulares que vendem: 1)Sinais que o produto é novo; 2)Novidades; 3)Rede; 4)Frases inócuas de marketing como “esse celular é excelente!”; 5)Confissões de eventos cataclísmicos como dano por água.



 
Basicamente, os novos celulares estão com preços 15% mais do que comparáveis ​​aos utilizados, características assunto, a rede não faz diferenças, dizendo que seu telefone é excelente não tem sentido, mas por favor não deixe seu telefone cair no vaso sanitário!
Vamos um pouco mais à fundo para descobrir quais palavras/atributos específicos e ver como isso afeta o valor dos aparelhos celulares.

Altos preços são frequentemente acompanhados por palavra que sinalizam que o produto é novo. Celular desbloqueado, Jailbreak e branco são associados com preços elevados. Rede não afeta o preço, exceto pelo every-spotty da AT&T e isso não é estatisticamente significante, sendo mostrado apenas por despeito.
Celulares descritos como conservados são vendidos por 23% a menos do preço médio. Quem descreveria algo como conservado e estabeleceria um preço menor que o de mercado a não ser que algo de estranho esteja acontecendo? Outras palavras como excelente, bom, imaculado também são gasto de espaço. Finalmente, rachar o seu celular é ruim, quebrar a tela é pior, mas dano por água é péssimo.
A Economia das telas quebradas
Quebrar sua tela é ruim, mas quanto ruim é? Seguiremos tentando descobrir quanto do valor de revenda do seu celular é destruído quando sua tela é rachada. Olhamos o preço médio dos celulares rachados à venda e comparamos com celulares normais para calcular a queda no valor de venda associado com a quebra.


  
Na media, quebrar seu cellular destroy também 30%-50% do valor instantaneamente. Qubrar seu novíssimo  iPhone 4s destroy US$150 de seu valor. De um lado, isso é uma coisa chata. Do outro, ainda vale consideráveis 73% do valor anterior.
Somente para ser mórbido, vamos olhar o valor econômico de destruir algo também muito querido – seu recém nascido. Brincadeira, seu iPad ou seu Kindle.

 
Cidades mais desastradas dos EUA
Priceonomics se reservou ao direito de fazer análises bobas para atender à nossa própria necessidade de entreterimento. Essa é uma delas.
Descobrimos quais as cidades nos EUA que tem o maior número de celulares quebrados postos à venda (em % de todos os telefones oferecidos) para determiner qual é o povo mais desastrado.

Conclusão

Merdas acontecem. Até se o seu novíssimo iPhone é quebrado ele mantém 72% de seu valor. Bom, você pode derrubar ele na privada e ainda valerá uma grana boa. Não precisamos viver no medo e cercar seu celular de medidas protetivas. Existe um ecossistema inteiro que pegará celulares quebrados e consertaram eles de novo, por isso o preço de celulares quebrados não são tão baixos. Você não anda com um capacete na cabeça quando sai na rua e ela é bem valiosa. Se o seu celular quebra, você o arruma. Tudo ficará bem.

Esse artigo foi publicado originariamente no
Priceonomics e traduzido por Yuri Klink

Imagens: Patrick Hoesly/Flickr