Fui conferir a exposição do Steve McCurry, que está em seus últimos dias no Instituto Tomie Ohtake, em Pinheiros e fiquei impressionado. Tanta cor, tanta referência, tanta desgraça e tanta benção. A exposição começa com uma foto (ao lado) de pescadores no Sri Lanka. A escassez de informações sobre as fotos permite viajar até o local e tentar descobrir as condições da foto, o local, a condição de vida dos fotografados e o que fez McCurry para conseguir esse ângulo.
Outra foto que me chamou atenção, e fez acumular gente na frente, é a de um menino peruano, chorando e fungando, com uma camisa do homem-aranha descascada e uma pistola de brinquedo apontada para a própria cabeça. Penso que o menino pode estar desesperado com a condição de vida que leva, fazendo com que ele teatralize para arrumar alguns trocados dos turistas.
A última foto me fez lembrar da minha própria avó, e acho que o esteriótipo de toda avó, uma mulher com a pele castigada pelo tempo, mas que mantém ao mesmo tempo experiência e inocência no belo par de olhos que possui. Fiquei por volta de dez minutos encarando-a, percebendo a vida que a foto contém, quase se movendo e encarando de volta.
Realmente excelente exposição, valeu a ida e ainda tenho muito para falar sobre o McCurry, sobre o Kodachrome e sobre o September 11th dele.
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