quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Uivo

Acabei de assistir o Howl, filme de 2010, dirigido pela dupla Rob Espstein e Jeffrey Friedman, dupla que ganhou um oscar por um documentário sobre as pessoas homenageadas em um monumento da AIDS em Washington, e estrelado por James Franco, que faz o papel de Allen Ginsberg, e John Ham, que faz o advogado desse primeiro.

O Filme não-linear e com elementos de animação, conta a história da criação do poema Howl, um dos pilares da geração beat, junto com On The Road e Naked Lunch. Cenas em preto e branco de uma entrevista gravada na casa de Ginsberg se intercalam com o jugamento do poema em uma corte de São Franscisco, acusado de obscenidade, com a narração do poema acompanhada de animações quase surrealistas e com o próprio Ginsberg declamando seu poema na Six Gallery.
O poema, que junto com os outros livros citados acima ajudou a quebrar as barreiras conservadoras e anti-comunistas do período da Guerra Fria nos EUA e o processo de caça às bruxas do McCarthismo, segue uma estrutura similar à dos versículos da Biblía, interpretado como insulto e heresia pelo setor religioso da sociedade americana. Ele narra a história da Geração Beat, os problemas que enfrentou, a necessidade de se expressar e a falta de editoras corajosas que se arriscassem a publicar o material dito subversivo criado por aquela geração.

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